Crises até então imprevisíveis
A crise epiléptica pode atacar a qualquer momento, agindo como uma espada de Dâmocles para os 50 milhões de pessoas que sofrem de epilepsia em todo o mundo. Uma fatalidade que pesquisadores suíços e americanos queriam remediar: seu estudo publicado em Lancet Neurology é um passo importante no trabalho de previsão dessas crises, que tem sido objeto de pesquisas malsucedidas desde a década de 1970.Um modelo capaz de prever o início de uma crise
Pesquisadores do University Hospital of Bern e da University of Geneva (UNIGE), em colaboração com pesquisadores da University of California em San Francisco e da Brown Providence University, criaram um dispositivo para analisar a atividade cerebral durante e entre as convulsões e, portanto, se é epiléptico corre o risco de apreensão. O dispositivo destaca um estado chamado pró-ictal, um nível modificado de atividade cerebral associado a um risco aumentado de convulsão semelhante à imagem de distúrbios climáticos que prevêem a chegada de nuvens, chuva ou tempestades. “Os registros da atividade neuronal ao longo de um período de pelo menos seis meses, feitos com um dispositivo implantado diretamente no cérebro, permitem detectar ciclos individuais de atividade epiléptica e fornecer informações sobre a probabilidade de ocorrência de uma crise”, Disse a UNIGE em comunicado.Crie um dispositivo menos invasivo
Com esta descoberta revolucionária, o objetivo dos pesquisadores agora é criar um dispositivo que seja minimamente invasivo e portátil. O dispositivo será desenvolvido com a ajuda do Wyss Center for Bio and Neuroengineering, com sede no campus da Biotech em Genebra.
